APP Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná

Notícias

Fique por dentro de todas as atividades do sindicato.
18 abr

Semana da Educação vai mobilizar categoria para protestos no dia 29 de abril

Servidores(as) de todo o estado vão paralisar para cobrar negociação e pagamento da data-base.

 

 

Faltando menos de 15 dias para vencer a data-base de reposição da inflação dos(as) servidores(as) públicos(as) do Paraná, a APP-Sindicato segue fortalecendo a mobilização para a paralisação estadual. Professores(as), funcionários(as) de escola e demais categorias do funcionalismo vão fazer um grande ato no dia 29 de abril, em Curitiba. A concentração está marcada para às 9h na Praça Santos Andrade.

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão, explica que a agenda de mobilização será intensificada a partir de segunda-feira (22), com o início da 20ª Semana Nacional em Defesa e promoção da Educação Pública. A atividade é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e propõe a discussão de temas que afetam a categoria e a qualidade do ensino no Brasil. Os materiais da campanha estão disponíveis para download na internet, no site www.cnte.org.br.

No Paraná, a programação será concluída com o dia de greve em protesto a falta de respostas do governo para as reivindicações dos(as) trabalhadores(as). “Vamos lutar para que a gente tenha sim o reajuste. Faremos um grande ato público onde a gente espera que o governo venha para a mesa de negociação”, disse o dirigente.

Hermes acrescenta que o movimento grevista também vai protestar contra a alteração na jornada de trabalho dos(as) professores(as), pedagogos(as) e readaptados(as), além de exigir realização de concurso público, melhorias urgentes no atendimento de saúde e nas condições de trabalho. A posição contrária a “reforma” da Previdência, apresentada pelo governo Bolsonaro, é outra bandeira importante da pauta que possui mais de 20 itens.

A decisão foi tomada em assembleia estadual da categoria, após o governo Ratinho Junior (PSD) dar continuidade no massacre instalado desde a gestão Beto Richa (PSD). Apesar das insistentes tentativas do Sindicato, o atual governador contrariou a promessa feita durante a campanha eleitoral e ainda não sentou para negociar com os(as) trabalhadores(as).

Em declarações à imprensa, o Executivo tem sinalizado a intenção de manter o congelamento da data-base e até planos para retirar direitos como as licenças especiais e o quinquênio. “Essa atitude do governador de falar sobre a data-base sem antes debater com os servidores é um desrespeito e uma contradição à valorização e o respeito que ele mesmo prometeu”, diz o presidente da APP-Sindicato.

Sem reposição desde 2016, a defasagem nos salários dos(as) servidores(as) já acumula uma dívida 16,4%. Ratinho prometeu, se eleito, que uma das primeiras ações do seu governo seria reunir com as lideranças sindicais para anunciar a política de reajuste nos quatro anos do seu mandato. Na época, deputado estadual, também assinou um documento na Assembleia Legislativa exigindo da então governadora, Cida Borghetti (PP), o pagamento da data-base.

“O servidor já se sacrificou demais”, disse o então candidato em entrevista onde criticou o reajuste de 16% na conta de luz, decisão que engordou o caixa do governo com aumento na arrecadação de ICMS. Com um discurso já conhecido pelos(as) servidores(as), o governo alega problema de caixa, mas dias atrás divulgou que o Paraná lidera o ranking nacional de saúde financeira.

Hermes ressalta ainda que a fala do governo, de que não tem dinheiro, não se sustenta. “Nossos estudos econômicos mostram que o Estado tem condições legais e financeiras para cumprir a lei e pagar o que é direito dos(as) servidores(as). Os(as) trabalhadores(as) não aguentam mais essa situação e, por isso, vamos continuar pressionando o governo”, avisou.

29 de abril – O dia 29 de abril se tornou uma data simbólica na luta dos(as) trabalhadores(as) da educação no Paraná. Nesta data, em 2015, centenas de professores(as) e funcionários(as) de escola, que participavam de uma manifestação contra a retirada de direitos, ficaram feridos após serem alvejados pela polícia com bombas de gás e balas de borrachas. A ação foi ordenada pelo ex-governador Beto Richa (PSDB) e ficou conhecida mundialmente como Massacre do Centro Cívico.

 

 

FONTE: APP Sindicato

 

 

 

 

 

 


APP Sindicato Londrina
Gestão Independente, democrática, de base e de luta