VIVA O JULHO DAS PRETAS!

Essa data foi criada em 1992, no 1º Encontro da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, e foi reconhecida pela ONU diante da necessidade do debate. Tem o objetivo de unir as mulheres negras em prol do bem viver e para denunciar a discriminação racial, social, de gênero e o machismo que mulheres negras vivem em seu cotidiano.

Os países da América Latina e Caribe possuem baixo índice de representatividade feminina, tanto na política, quanto em cargos de destaque no mundo do trabalho, principalmente da mulher negra. Porém, apresenta índice alto em relação a desigualdade social e a violência (66% dos feminicídios de mulheres, tem mulheres negras como vítimas). Portanto, o enfrentamento a essas desigualdades que não só retiram direitos, mas também adoecem, empobrecem e matam é extremamente urgente.

No Brasil, esse dia é ainda lembrado como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi líder Quilombola, que resistiu a escravização lutando por liberdade.

Tereza é um exemplo da importância da mulher negra na história do nosso país. O Brasil possui inúmeras mulheres negras que se destacaram e se destacam até hoje por seus feitos. Conceição Evaristo, Maria Carolina de Jesus, Antonieta de Barros, Ruth de Souza, Lélia Gonzales, Mariele Franco, Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro são algumas delas, nos lembrando que esse legado existe, porém a ação ainda é necessária pois o apagamento desta história continua.
Sigamos lutando por uma sociedade para todas! Justa, democrática e igualitária!

Sandra Rocha – Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e Combate ao Racismo