APP Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná

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14 nov

História e valorização das servidoras estaduais da App Sindicato Londrina.

Vida no magistério em tempos difíceis.

A APP Sindicato Londrina, no intuito de valorizar toda uma geração de professoras (es) atuantes, pessoas importantes e fundantes de uma importante associação, que tornou- se um relevante e combativo sindicato, de alcance estadual, abrangente para toda uma categoria formada por funcionários e professoras(es), de uma maioria feminina. Infelizmente, a importância das mulheres na luta sindical e social não tem a devida valorização. A invisibilidade da participação feminina no passado e no presente ainda é uma regra.

 

Diante desta situação, a APP Sindicato Londrina, por meio dos seus espaços de comunicação assume o compromisso de fazer memória e homenagear lideranças femininas que foram ativas, participantes e ajudaram a construir esta entidade sindical.   A primeira entrevista e biografia foi da valorosa professora Gezy Borges Cruz Torres, em 25/07/2019. Dando sequência, apresentamos a professora Edezina de Lima Oliveira.

Professora Edezina de Lima Oliveira: A Infância em Tamarana

A professora Edezina Lima Oliveira, nasceu em 10 de maio de 1942, em Tamarana, aqui no norte do Paraná. Na cidade, cursou o primário, as primeiras séries do Ensino Fundamental. De uma família muito trabalhadora, cujo pai era comerciante de secos e molhados, veio para Londrina, onde cursou o Ginásio e formou – se no Magistério – na época, chamado Curso Normal, no Colégio Mãe de Deus.

Desde garota recebeu influência cultural e de formação política em Tamarana, principalmente de um amigo da família o Sr. Mário de Castro Burgo, por ele realizou as primeiras leituras teóricas, como a obra o Manifesto Comunista. Sempre foi irreverente, contestadora e líder nata. Como estudante sempre era eleita presidente de turma, do Grêmio Estudantil e Representante da ULES etc.

A educadora, a comunicação e a organização da categoria

Começou a lecionar em 1960, em 1966 terminou a Faculdade de História na UEL, em Londrina. Em 1976, iniciou com um grupo de jornalistas, e por influência do Jornal estudantil da UEL, O Poeira, um Jornal que buscava mobilizar a população em Londrina e região: o jornal Água Corrente, foi um importante instrumento que ajudou a construir uma pauta política, de reivindicações, dos servidores públicos do Paraná. Em 1978, foi convidada para liderar o APLP- Associação dos Professores Licenciados do Paraná. Através dos conteúdos elaborados democraticamente pelo Água Corrente, construiu- se a Primeira Greve dos Professores no Paraná, partindo aqui do interior:

Formou- se uma comissão de professoras e Edezina foi a encarregada de negociar com o governador da época, Jaime Canet Junior: Exigiam- se, então: registros (nomeações, concursos), hora atividade, piso salarial, décimo terceiro salário, melhores condições de vida e salários.

Edezina de Lima Oliveira sempre foi atuante, tanto como professora ou como mãe de duas filhas: Mariana e Adriana Lima. Como cidadã, cotidianamente se pautou pela luta por justiça, em defesa de uma educação Pública e de qualidade, por melhores condições de vida e trabalho. Hoje lamenta, que não haja tantas mulheres liderando uma categoria formada por maioria de mulheres. Mas, ainda acredita, na força do sindicato, que segundo ela, precisa mesmo, nesses atuais tempos sombrios, refletir melhor seus métodos para atingir bons resultados e representar bem, os seus sindicalizados.

Entrevista com a Professora Edezina de Lima Oliveira.

 

 

Coordenação, entrevista e texto: Sueli Aparecida Lopes Braga

Fotografias e Edição : Jonas Costa e Rogério Nunes da Silva.

Edição de Vídeo:Anderson Souza Oliveira e Jean Claude.

 

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