APP Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná

Notícias

Fique por dentro de todas as atividades do sindicato.
24 Maio

Londrina apresenta piora na taxa de ocupação de leitos

Todos os 146 leitos de UTI Covid SUS todos estão tomados e a fila de espera é de 58 pessoas, um dos piores números desde o início da pandemia

Com taxas acima de 90% de ocupação dos leitos na UTI Geral e na Enfermaria e UTIs Covid SUS a situação de Londrina gera preocupação das autoridades locais. O tema foi abordado na transmissão ao vivo pelas redes sociais realizada pelo prefeito Marcelo Belinati e pelo Secretário Municipal de Saúde Felippe Machado neste domingo (23).

Atualmente, a cidade possui 339 leitos de UTI Geral Sus Privado adulto, dos quais 308 estão ocupados (91%). Dos 196 leitos de Enfermaria Covid SUS, 181 estão tomados (92%). E dos 146 leitos de UTI Covid SUS todos estão tomados (100%). Para piorar a fila de espera para um leito de UTI Covid SUS adulto é de 58 pessoas, um dos piores números desde o início da pandemia. 

O prefeito Marcelo Belinati afirmou que o HU de Londrina (Hospital Universitário da UEL) ampliou recentemente 40 leitos, mas ao ser indagado sobre a possibilidade de aumentar mais vagas de UTI no Hospital do Coração, ele disse que há dificuldades de contratação de médicos intensivistas.

“O que está nos preocupando é que os casos estão acelerando e são mais graves por causa da cepa que tem atingido os mais jovens. Há pessoas com 20 anos que estão morrendo. Já houve períodos em que houve mais casos registrados, mas muitos deles realizavam o tratamento em casa, mas agora as pessoas estão pegando a doença e ficando no hospital. E não tem mais leito, porque não tem médico para contratar e nem tem estrutura para contratar”, declarou Belinati. Segundo ele, não é qualquer médico que pode atuar nesses casos. “Tem que ser especialista, que entenda de coração, pulmão e rim”, destacou.

O secretário de Saúde, Felippe Machado, ressaltou que na segunda onda da doença o País já chegou ao limite de fornecimento de medicamentos, o chamado kit intubação. “Tudo isso precisa ser levado em conta. A capacidade de ampliação não dá para ser infinita. Houve recentemente a contratação de 12 novos médicos, além de técnicos de enfermagem e enfermeiros”, apontou. 

Machado ressaltou que a média móvel dos últimos 7 dias foi de 254 novos casos. “Se compararmos com 14 dias atrás, esse número era de 153 casos por dia. Houve um aumento relevante de casos confirmados. A taxa de positividade é de 29% dos exames realizados e o R0, que mede a velocidade de transmissão da doença, subiu de 0,96 para 1,04”, apontou. “Os profissionais de saúde têm feito jornadas de 12 horas, 18 horas e 24 horas para fechar as escalas. É necessário que as pessoas se conscientizem, pois com a proximidade do inverno os locais ficarão fechados”, se referindo às condições propícias para o vírus se propagar.

Embora não tenha tido o registro de mortes no boletim deste domingo, o número de casos de maio tende a ser superior ao registrado no mês passado. Só neste último boletim foram 227 novos casos. Só na UPA Sabará, que é o maior local de atendimento de Covid, em maio houve 8.196 casos contra 7.863 abril. “Temos mais uma semana ainda e devemos superar esse número. Mas os casos são mais graves e precisam de um suporte maior”, apontou.

O prefeito ressaltou a importância da descentralização da busca do atendimento para evitar a superlotação. “Os postos de saúde têm de dois a três médicos 24 horas. Ao invés de irem direto para a UPA Sabará, quem puder, vá primeiro ao posto de saúde. O atendimento é exatamente igual e, muitas vezes, é até mais rápido. Isso ajuda a descentralizar o atendimento lá na UPA e você vai ser bem atendido pelos médicos da mesma forma”, pediu o prefeito em live no Facebook. São cinco unidades: a UBS do Guanabara (Centro), Vila Ricardo (Leste), Maria Cecília (Norte), Chefe Newton (Norte/Oeste) e Bandeirantes (Oeste). 

Com informações: folhadelondrina.com.br

APP Sindicato Londrina.
Gestão Independente, democrática, de base e de luta.